Ninguém te contou o segredo para se tornar um eterno gerontolescente? Você ouviu que rejuvenescer é impossível e, por isso, tem medo de envelhecer, mas isso é um mito. O MCC Método Cronus de Cuidados traz a fórmula para independência e autonomia, promovendo um envelhecimento ativo e rejuvenescedor, mesmo diante da inexorável marca do tempo. Está pronto para descobrir essa verdade?
Minha descoberta é simples: a personalização é a chave. Descobri que cada ser humano é único e indivisível, e não há nada mais diferente do que um idoso em relação ao outro! Precisamos adotar uma abordagem totalmente personalizada para cada indivíduo. Não se trata de apenas cuidar de um fígado, um rim ou um cérebro, mas de ter uma visão holística do paciente, entendendo-o como um todo, uma pessoa única entre os oito bilhões de habitantes do planeta. Ninguém é igual!
Infelizmente, nem todo profissional tem a sensibilidade necessária para olhar de forma altruísta para o paciente, tratá-lo como se fosse seu pai, sua mãe, seu filho ou sua esposa, ou até mesmo como ele próprio gostaria de ser tratado. Isso porque, às vezes, o profissional está mais doente do que o próprio paciente: estressado, mal remunerado, após árduos anos dedicados à formação acadêmica. O sonho de salvar vidas, que guiou muitos durante a faculdade, pode ser perdido aos poucos diante de um sistema cruel.
Por isso, acredito que devemos cuidar também do cuidador, seja ele médico ou não. O profissional de saúde, em média, vive 10 anos a menos que a população geral, e é preciso lembrar das dificuldades e mazelas de uma vida dedicada à saúde dos outros. Isso também se aplica aos idosos gerontolescentes, aqueles entre 60 e 74 anos, que além de viverem a era digital como novos adolescentes, ainda enfrentam o desafio de cuidar de seus pais doentes. Estamos vendo uma realidade onde é idoso cuidando de idoso, e essa sobrecarga precisa de atenção.
Dr. Afonso Aparecido Soares, geriatra e médico da Clínica Melhor Idade de Assis Chateaubriand, PR, defende que para cuidar bem dos pacientes, é preciso personalizar o atendimento e garantir que os profissionais de saúde, assim como os gerontolescentes, também recebam o cuidado necessário.
Por Afonso Soares- Médico Geriatra