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Quinta-feira, 27 de Marco de 2025
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Giuliana Morrone aponta desafio crucial do cooperativismo

Cooperativas brasileiras movimentam R$ 692 bilhões e geram mais de 550 mil empregos, mas ainda enfrentam barreiras para ampliar sua influência: para a jornalista e especialista em ESG, a comunicação do setor precisa evoluir para garantir maior visibilidade no cenário econômico e sustentável.

Tribuna do Oeste
Por Tribuna do Oeste
Giuliana Morrone aponta desafio crucial do cooperativismo
Especialista em ESG, Morrone é otimista sobre futuro do cooperativismo
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O Ano Internacional das Cooperativas, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), coloca em evidência a relevância do cooperativismo no desenvolvimento sustentável. No Brasil, segundo a edição mais recente do Anuário do Cooperativismo, o setor reúne 23 milhões de cooperados e emprega mais de 550 mil pessoas, movimentando R$ 692 bilhões em um ano.

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Mesmo com um impacto econômico bilionário, o cooperativismo ainda enfrenta desafios para consolidar sua imagem no mercado e na sociedade, avalia Giuliana Morrone. Com mais de 30 anos de experiência como âncora e comentarista, a jornalista redirecionou sua carreira e hoje é especialista no estudo das práticas ambientais, sociais e de governança (ESG). Autora do livro Mitos e Verdades sobre o ESG (Editora Planeta), ela aponta que a comunicação das cooperativas precisa evoluir para que o setor amplie seu protagonismo.

"O cooperativismo já lidera muitas práticas sustentáveis, mas ainda precisa fortalecer sua narrativa. O setor tem todas as credenciais para ser um modelo de economia regenerativa, mas não pode deixar de comunicar isso com clareza", ressalta Morrone.

ESG já é parte do cooperativismo, mas precisa ser melhor comunicado

A relação entre cooperativismo e ESG não é recente. Na visão da especialista, os princípios do setor já garantem a integração entre sustentabilidade, inclusão e desempenho financeiro, sem que esses conceitos precisem ser introduzidos como um diferencial de mercado.

"Quando falamos em sustentabilidade, diversidade e inclusão, um grande equívoco é não atrelar essas questões à performance financeira. No cooperativismo, isso não acontece, porque seus princípios já incluem o interesse pela comunidade, a gestão democrática, a educação e a participação econômica", explica Morrone.

Agronegócio cooperativista avança em sustentabilidade

O Anuário do Cooperativismo, publicado em 2024, aponta que o cooperativismo agropecuário desempenha um papel estratégico na economia nacional, reunindo 1.179 cooperativas e mais de 1 milhão de produtores cooperados, responsáveis pela geração de 257 mil empregos diretos. A publicação também destaca a relevância econômica do setor, que movimenta R$ 274 bilhões em ativos e registra ingressos superiores a R$ 423 bilhões, consolidando-se como um dos motores do agronegócio brasileiro.

Para Giuliana Morrone, além da força econômica, as cooperativas agropecuárias também estão na vanguarda da inovação sustentável. Segundo ela, o setor já lidera iniciativas importantes, mas precisa comunicar seus avanços de forma mais eficaz para ampliar sua influência.

"As cooperativas já lideram esse movimento. São inúmeros os exemplos de iniciativas voltadas para energias renováveis, eficiência no uso de insumos e reaproveitamento de resíduos. Mas, para que esse modelo seja amplamente reconhecido, é fundamental comunicar esses avanços com mais clareza", argumenta Morrone.

Reconhecimento e futuro do cooperativismo

Com o reconhecimento internacional do cooperativismo em 2025, a expectativa é que o setor amplie sua influência nas discussões globais sobre desenvolvimento sustentável. Para Morrone, este é um momento estratégico para consolidar a imagem do cooperativismo não apenas como uma alternativa viável, mas como um modelo essencial para o futuro da economia.

"O cooperativismo não precisa provar que é sustentável. O desafio agora é garantir que essa mensagem alcance toda a economia e influencie decisões estratégicas além do setor cooperativista”, conclui.



Website: https://www.dmtpalestras.com.br/
FONTE/CRÉDITOS: DINO
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c. val
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