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Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024
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Ramón tem papel decisivo em eliminação

rgentino volta a mexer mal em semifinal contra o Racing e time cai de rendimento após substituições. Porém, explicação para o maior jejum do clube desde 1977 vai muito além.

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Por Tribuna do Oeste
Ramón tem papel decisivo em eliminação
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É impossível analisar a eliminação do Corinthians para o Racing, na semifinal da Copa Sul-Americana, sem passar pelas escolhas de Ramón Díaz nos dois jogos. Tal qual em Itaquera, no duelo de ida, o treinador mexeu mal e fez com que a equipe caísse de rendimento com suas substituições na derrota por 2 a 1, no El Cilindro.

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No primeiro jogo, com a lesão de José Martínez ainda na etapa inicial, ele optou por Romero, perdendo o controle do meio de campo. O erro foi ainda mais grave em Buenos Aires, quando aos 22 minutos do segundo tempo a equipe passou a jogar com quatro atacantes e apenas dois meio-campistas. 11 minutos depois o técnico tentou corrigir o erro, com a entrada de Igor Coronado no lugar de Memphis Depay, que embora cansado era um dos melhores do Corinthians em campo.

Num roteiro repetido da semifinal da Copa do Brasil contra o Flamengo (quando erros de Ramón também ficaram expostos), a equipe chegou a ter mais de 70% de posse de bola, mas não conseguiu ameaçar o adversário. Deu apenas um mísero chute na etapa final.

Impressiona a sequência de decisões equivocadas de Ramón neste momento agudo da temporada. Porém, assim como não se pode ignorar o papel decisivo do argentino nas eliminações recentes, seria injusto, incorreto e improdutivo tratar o treinador como único ou maior vilão do Corinthians.

Ramón ocupa hoje o papel que outrora foi de Vanderlei Luxemburgo, Mano Menezes e tantos outros técnicos que passaram nos últimos anos por este clube extremamente mal gerido.

Qual ideia de jogo buscava o Corinthians quando contratou Ramón Díaz? Era a mesma que tinha quando buscou António Oliveira cinco meses antes? Ou tinha mais semelhanças com Márcio Zanardi, o plano A no começo da temporada?

Não há projeto esportivo - e não é de hoje. Já há algum tempo o clube parece buscar seus treinadores baseado em pressões diversas, que vão desde as redes sociais, passando por conselheiros e torcedores organizados. Procura-se um salvador, um escudo para a diretoria ou o tal "fato novo", na ânsia de que o técnico consiga corrigir ou mascarar erros da diretoria.

Sim, se Garro tivesse finalizado melhor ou tocado aquela bola para Yuri Alberto, aos 22 minutos do primeiro tempo, a história muito provavelmente seria outra. Ou se Martínez não tivesse dado um carrinho de braços abertos no lance do pênalti, se André Ramalho não tivesse espirrado o taco e cedido o lateral na jogada que originou a virada...

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